Empresa que fornece o serviço pode ganhar a licitação R$ 2,7 milhões para a impressão de material publicitário institucional
O programa “Papel Zero” de São Caetano, destinado a eliminar o uso de papel em documentos oficiais, não conseguiu evitar os gastos com serviços gráficos. Apesar da iniciativa voltada para a digitalização de processos, a administração municipal continua contratando empresas gráficas para produzir materiais impressos.
Mesmo com a intenção de reduzir a burocracia e promover a transparência na gestão pública, a contratação de serviços gráficos sugere uma contradição na implementação efetiva do programa. Essa falta de alinhamento entre a proposta do “Papel Zero” e a continuidade dos gastos com impressão levanta questionamentos sobre a eficácia e coerência das políticas adotadas pelo governo municipal em São Caetano.
No entanto, quase quatro anos após a implementação do decreto, poucas mudanças foram observadas. O prefeito Auricchio continua assinando documentos em atos oficiais, expondo-os para fotografias oficiais. Recentemente, chamou a atenção o fato de a gestão do prefeito Auricchio ter lançado um edital de chamamento público para registro de preços para serviços gráficos, visando atender às demandas da Subsecretaria de Comunicação. A empresa Laser Art Gráfica e Editora apresentou uma proposta no valor de pouco mais de R$ 2,7 milhões, que foi aprovada e homologada pelo secretário de Governo Jefferson Cirne da Costa.
Essa situação levanta questionamentos sobre a coerência da gestão, já que, por um lado, há um programa em vigor para reduzir o uso de papel na administração pública, e, por outro lado, são previstos gastos milionários com impressão de tabloides, revistas e outros materiais de publicidade institucional. O acesso ao Portal da Transparência da Prefeitura de São Caetano para obter detalhes e contratos de impressão não foi possível, pois as informações não estavam disponíveis.