O repasso de verbas públicas para a área da saúde em São Caetano do Sul neste ano foi 13,6% menor em relação a 2023. Uma reportagem do jornal Diário do Grande ABC relata que em 2024 foram reservados R$ 470 milhões do Orçamento e no ano passado, R$ 544 milhões.
Embora as reclamações só têm aumentado, o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) parece não entender a precariedade da saúde em nossa cidade. São vários problemas apontados, entre eles espera por consultas na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Santa Paula e no Hospital Municipal Albert Sabin. Chegou-se ao cúmulo de atendimentos serem realizados em um caminhão-baú.
As denúncias não são de agora. Por exemplo, em abril, funcionários do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tiveram de usar EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) de municípios vizinhos, pois não tinham uniforme para trabalhar. Há relatos de falta de ambulância para atender o chamado de emergência do pai de Vitor Hugo, de 37 anos.
Agora, um outro dado alarmante e que me chamou muito a atenção é a taxa de mortalidade infantil em São Caetano. Segundo dados mais recentes do IBGE ((Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de 6,44 bebês mortos a cada 1.000 nascidos vivos em 2021 saltou para 10,81 em 2022.
A ideia de que a saúde pública em nosso município é excelente talvez seja coisa de um passado muito distante.