Há 17 anos Auricchio e Tite ignoram problemas das enchentes em São Caetano

A falta de compaixão e vontade política do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSD) e do atual chefe do Executivo, Tite Campanella (PL), não resolvem os problemas de enchentes em São Caetano.

A cada mudança no clima e aumento das nuvens no céu, moradores e comerciantes entram em desespero, afinal córregos e rios não passam por desassoreamento. A falta de gestão em promover a limpeza e aprofundamento da calha dos leitos em um município cada vez mais impermeabilizado.
Ao longo destes 17 anos de alternância de poder, entre Auricchio e Tite, pouco ou quase nada foi feito para combater às cheias na cidade, inclusive, no fim de 2024, R$ 44,8 milhões foram tirados das obras de drenagem para pagamento de salários de 13º dos servidores municipais.

O programa de drenagem em São Caetano foi lançado apenas 2011, terceiro ano do segundo mandato de Auricchio, ou seja, sete anos após assumir a Prefeitura pela primeira vez, mas o plano não avançou por 13 anos. No ano passado, Auricchio tirou o projeto do papel e iniciou as obras. A intenção era fortalecer seu afilhado político, Tite que venceu às eleições.

Ao assumir a prefeitura, a atual gestão registrou ao menos dois casos de enchentes, mas o prefeito se mostrou pouco ativo em coordenar ações e de estreitar diálogo com a população.

Com medo da opinião pública e diante das previsões de chuva forte, a gestão do prefeito Tite emitiu uma nota enaltecendo o avanço das obras de drenagem, mas sem apresentar o estágio construtivo e prazos de conclusão. Apenas lembrou da construção do piscinão do Bairro Fundação, da implementação de rede de esgoto, de um sistema de micro e macrodrenagem. Mas chama a atenção, que a manifestação da Prefeitura indica a construção de um muro de contenção no eixo do Rio Tamanduateí, ao longo da Avenida dos Estados, por 4,5 km. A barreira tem por objetivo impedir o transbordamento. Entretanto, a própria Municipalidade não informou se nas pontes de acesso de São Paulo para São Caetano e vice-versa receberão barreiras nas áreas vasadas, afinal, se bloquear a lateral ocorrerá o afunilamento do leito e água ganhará força para jorrar na primeira saída à frente.

O prazo para conclusão das intervenções é de dois anos, os primeiros 12 meses se completam agora em maio, mas pouco avanço é observado. Diversas ruas do Bairro Fundação foram abertas e no subterrâneo tubulações foram inseridas, entretanto, as últimas chuvas mostraram que os velhos problemas continuam.

Enquanto o problema não é resolvido, moradores perdem tudo dentro de suas casas e empresas vão embora da cidade, reduzindo poder de investimento do Poder Público e levando famílias para a pobreza.
Diante do caos, o último no fim de semana de Páscoa, não se viu Tite, secretários ou vereadores se mobilizarem. O prefeito, inclusive, nem às ruas saiu, prefere o conforto do ar condicionado e postagens nas redes sociais para dar parabéns a amigos e políticos que completam mais um ano de vida.

Pouco se vê de ações concretas nas redes sociais do prefeito. Não há nada que agregue ou mostre à população o que de fato tem sido feito, aliás, entre as realizações do atual governo, o fechamento das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) no período noturno, falta de médicos e lotação no Hospital de Emergências Albert Sabin e na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e com compra de kits de Pascoa com suspeita de superfaturamento. Vale lembrar que o processo não foi encerrado e ainda tramita na Justiça.

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