Segundo a promotoria, documentos e valores empenhados apontam divergências
O Ministério Público do Estado de São Paulo acatou denúncia sobre a obra contratada pela gestão do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) para a construção de 12 quilômetros de ciclofaixa e 5,8 quilômetros de calçada verde. Há suspeitas de irregularidades nas intervenções urbanas que acontecem na avenida Goiás.
Segundo a promotoria há necessidade de investigar de forma mais robusta as denúncias e instaurar inquérito civil. Tem que se apurar possíveis indicativos de sobrepreço ou existência de itens supérfluos/desnecessários envolvendo a Concorrência Pública nº 05/2022 da Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, na qual sagrou-se vencedora a empresa CLD Construtora, Laços Detetores e Eletrônica Ltda.
Dados oficiais da Prefeitura indicam que a construção do anel cicloviário interligando nove bairros, dos 15 da cidade, e as ciclofaixas já existentes nos eixos das avenidas Goiás, Presidente Kennedy e Guido Aliberti com o terminal rodoferroviário e ao polo de desenvolvimento econômico e tecnológico do Espaço Cerâmica, serão despendidos R$ 11.557.405,16.
Outra etapa da obra contempla a construção de calçadas verdes, acessíveis e permeáveis, sendo 2,9 quilômetros de cada lado da avenida Goiás, ao custo de R$8.409.452,48. Deste total, a Prefeitura conta com R$7.649.400,00 de empréstimo junto à Caixa. As duas intervenções juntas somam um total de R$ 19.966.857,64.
Em resposta à Promotoria, a empresa CLD Construtora, Laços Detetores e Eletrônica Ltda. nega irregularidades, já a gestão do prefeito Auricchio contesta a análise.
A promotora Maria Fernanda de Lima Esteves determinou apuração mais aprofundada sobre o caso e oficiou tanto a Prefeitura quanto a empresa para que apresentem as contrarrazões. No inquérito civil não há prazo estipulado.
A assessoria de Parra espera que até o final deste mês as respostas solicitadas pela promotora sejam apresentadas.