São Caetano do Sul nos últimos anos passou por um turbilhão de problemas administrativos que resultaram na falta de planejamento, gastança desenfreada e atraso de obras ou entregas sem conclusão das intervenções.
Entre as construções que extrapolaram o prazo de entrega está a do Complexo Municipal de Atenção Integral à Pessoa com Deficiência no bairro Santa Maria. A estrutura, segundo a gestão do ex-prefeito José Auricchio Júnior, abrigaria os serviços educacionais e terapêuticos da Fundação Anne Sullivan. A unidade, extinta em 2023, durante mais de 60 anos, era referência nacional nos cuidados às pessoas com deficiência visual, da fala, auditiva e intelectual.
Sem dialogar com pais e funcionários, Auricchio fechou a instituição e a obra prometida, iniciada em novembro de 2023 com prazo de conclusão de 360 dias, está atrasada em seis meses e sem previsão de entrega. No governo Tite Campanella, prefeito apadrinhado por Auricchio, o assunto não é abordado.
O investimento para construção do Complexo, na época da elaboração do projeto, era de R$ 15 milhões e deste total R$ 8 milhões de recursos do governo do Estado.
O projeto, desde sua concepção, é polêmico, primeiro por colocar fim às terapias e ensino, dificultar a vida dos assistidos e familiares e por não contemplar a parte educacional no novo complexo. Segundo a própria Prefeitura, na estrutura será prestado atendimento à pessoa com deficiência, do diagnóstico precoce à reabilitação.
Tite está há 100 dias no comando da cidade e ainda não mostrou a que veio. Até agora pouco foi executado pelo prefeito. Obras inacabadas ou com problemas na execução dos projetos seguem fechadas à população por falta de gestão, aliás de um governo de continuidade.
Hoje à noite, na Câmara, ocorre Audiência Pública da Educação, entretanto, os assuntos espinhosos, como da Fundação Anne Sullivan não devem ser pautados pelos vereadores, afinal a grande maioria votou pelo fim da instituição.
PERSPECTIVA ARTÍSTICA/PMSCS
