A política de São Caetano virou uma bomba-relógio prestes a explodir. Após a aprovação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar atos do ex-prefeito de São Caetano José Auricchio Júnior (PSD) que supostamente contribuíram para um dos maiores endividamento da história da cidade, algumas pessoas no tabuleiro político foram movimentadas.
Tite Campanella (PL), atual chefe do Executivo, exonerou de cargos comissionados e de altos salários familiares de vereadores que votaram contra a CPI.
Foram demitidas Daniele Rubira Salgado, esposa de Caio Salgado (PL), Júlio César Garcia de Galarraga, irmão de Luiz Galarraga (PL), e Alexandra Elisabeth Anna Lothaller Gianello, mãe de Matheus Gianello (PL).
Por um lado, a movimentação é celebrada como o início do fim das trocas de cargo por apoio político, do outro, há quem indique que tal atitude é parte de uma retaliação contra aqueles que não acataram as ordens do prefeito.
A resposta virá, se Tite, exonerar dos cargos em comissão seus familiares.
Outras demissões seguem ocorrendo. Olyntho Voltarelli (PSD) está preocupado, afinal votou contrário à CPI, e seus indicados para cargos na administração direta e indireta começaram a cair um a um.
A abertura da CPI seria recado a Auricchio, que estaria articulando junto aos vereadores a reprovação das contas de Tite, de seu último ano como presidente da Camarão. O TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) fez diversos apontamentos demonstrando supostas irregularidades. Caso a contabilidade seja rejeitada, Tite pode até ser cassado. Neste caso, a vice-prefeita Regina Maura Zetone, braço-direito de Auricchio, assume o comando do Palácio da Cerâmica.