Tite operou “mensalinho” em São Caetano e, agora no governo, traz para o 1° escalão nome citado no esquema

O prefeito Tite Campanella (PL) que recentemente afirmou que uma organização criminosa tenta tirar proveito dos cofres municipais trouxe à memória da população de São Caetano um caso emblemático. O “mensalinho”.

Em 2009, o então vereador Edgar Nóbrega (PT) foi flagrado pedindo ao menos R$ 100 mil para o secretário de Governo, Tite Campanella (naquela época no DEM).

Uma câmera estrategicamente posicionada gravou o diálogo entre o parlamentar e o secretário. Uma negociação para que Edgar assumisse a presidência do Partido dos Trabalhadores, que por sua vez, fariam uma oposição branda ao governo do prefeito José Auricchio Júnior (que naquele tempo era filiado ao PTB).

Além dos R$ 100 mil, há citação da entrega de R$ 10 mil a Edgar, pelo ex-vereador Paulo Bottura e de R$ 5 mil mensais, supostamente pagos por Gersio Sartori, que na época era presidente da Câmara. A gravação data de 2009, mas foi divulgada em 2012.

Edgar teve a carreira política encerrada. Ele seguiu com seu mandato até o fim de 2012 e renunciou à candidatura de prefeito.

Talvez a organização criminosa citada por Tite esteja em seu governo. A atual gestão de continuidade a de Auricchio segue em posições estratégicas.

Sartori é subsecretário de Relações Institucionais. Na gravação, Edgar citou seu ex-aliado e ex-assessor Pio Mielo (na época no PT e hoje no PSD), ex-presidente da Câmara e atual secretário de Desenvolvimento Econômico. Gilberto Costa (Progressistas) também é apontado no vídeo. O parlamentar na época era chefe de gabinete, mas subiu ao cargo após fazer oposição a Auricchio.

Tite, que é comparado a Paulo Pinheiro, ex-prefeito de São Caetano, conhecido por nada fazer pela cidade, tenta esconder seu passado nebuloso e de muitas polêmicas.

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