Vereadores partem para cima da vice-prefeita Regina Maura

Vereadores da oposição e também da base governista da gestão Tite Campanella (PL) partem para cima da vice-prefeita Regina Maura Zetone. A aliada de José Auricchio Júnior (PSD), se colocou contrária à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que visa a apurar condutas do ex-prefeito que levou ao alto endividamento da cidade.

Regina, a um podcast, criticou os parlamentares e disse ser desnecessária a investigação. “A Câmara é um poder independente, mas a decisão deles é de estranhar. Aprovaram os projetos, as operações de crédito e destinos. Nada é desconhecido. Não precisaria disso”, afirmou.

A declaração, em apoio a Auricchio, coloca Regina em rota de colisão com Tite e vira alvo de ataques dos vereadores. A falta de tato político de Tite tem causado desconforto na base e gerado ruídos sobre a condução da Prefeitura.

César Oliva (PSD), líder do governo na Câmara, afirmou publicamente: “Algumas pessoas estão indignadas, mas peço respeito à divisão e independência dos três poderes”, queixou-se sobre Regina.

Edison Parra (Podemos), vereador da oposição, também se manifestou em relação às falas da vice. “Nós fiscalizamos o Poder Executivo e não o contrário. Quando ela fala de política, sabemos que não é a praia dela. É melhor ela continuar com o bisturi”.

O vereador Jander Lira (PSB) também criticou a atitude de Regina Maura. “Estou estupefato com a entrevista da vice-prefeita. Ela deixou claro que os vereadores não fizeram a lição de casa. Nas contas não estão as assinaturas dos vereadores, mas as dos secretários ordenadores de despesas. Se estão certos, qual o medo da fiscalização?”.

A declaração de Jander atinge também os vereadores Matheus Gianello (PL) e Luiz Galarraga (PL), ex-secretários de Auricchio, que assinavam os cheques. Aliás, a dupla se posicionou contrária à CPI.

A instabilidade política no governo de Tite, afilhado político de Auricchio, mostra que falta diálogo e pulso na condução da gestão.

Se não bastasse a crise na saúde, agora a cidade vive uma crise institucional sem precedentes dentro do mesmo grupo político. O famoso fogo amigo, pode não matar, mas queima.

Postagens Populares

Edit Template